Textos para a alma de Caio Fernando Abreu
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A facilidade de expressar sentimentos e emoções que nós sentimos é o mais admirante nos poetas|escritores. O
jeito que eles expressam de uma forma artística tudo que vem da alma para fora,
de uma forma tão simples e singular, que mesmo em vida e |pessoas| diferentes se
conectam apenas por palavras, por fim você não se sente mais sozinho, é como se
alguém que nem te conhecesse, simplesmente te entendesse. Essa é a magia dos
poemas e textos.
E entre milhares, tenho uma grande admiração pelo Caio
Fernando Abreu, dramaturgo, escritor e jornalista brasileiro. Seus textos são
transparentes e reais, me passam uma sensação ‘’de que tudo bem, não está
sempre bem’’, que a vida é feita disso, tropeços e recomeços, que todo mundo
passa por coisas, mas é o jeito que você vê a vida que importa. Que
independente a vida é doce e linda, e só as vezes pode ser um pouquinho amarga.
E não são as pequenas coisas, os ‘’problemas’’, e todos os acasos que fazem ela
ser feia, ela é muito maior que isso, e você também. Que todos tenham a oportunidade de se sentir expressados por meio de escritores, esse é o meu. Caio F Abreu.
“Não sou pra todos. Gosto
muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores
misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos
de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro
dele não estão por acaso. São necessárias.”
“Vai passar, tu sabes que
vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem
sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa
coisa chamada ‘impulso vital’. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não
permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o
sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma
frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como ‘estou
contente outra vez’.”
“Que eu saiba puxar lá do
fundo do baú um jeito de sorrir pros nãos da vida. Que as perdas sejam medidas
em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita métrica, nem
contado em reais. Que as relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas
com abraços longos. Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo
instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja, ou
do mal que tenha feito pra mim. Que a vida me ensine a amar cada vez mais de um
jeito mais leve. Que o respeito comigo mesmo seja sempre obedecido com a paz de
quem está se encontrando e se conhecendo com um coração maior. Um encontro com
a paz e o desejo de viver.”
“Olha, eu sei que o barco
tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de
remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também. Tá me
entendendo? Eu sei que sim”.
Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura
e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que
me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me
dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim
quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o
‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera,
suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver,
viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, tô despreocupado, com a vida
eu tô de bem.

A conexão que eu tenho com os textos de Caio Fernandeu Abreu
é imensa, diferente dos poetas e escritores, não sei definir com
palavras o que eu sinto e como isso me afeta ( para melhor), então, só posso
ter gratidão por eles existirem, e poderem expressar com palavras o que nós não
conseguimos.
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